Vamos falar sobre "overthinking", porque ele é um verdadeiro assassino de performance.
Quando você está aprendendo ou praticando, esse é o momento de analisar, estudar, testar possibilidades diferentes e entender como e por que elas soam de maneiras distintas. Mas quando chega a hora de fazer o trabalho de verdade, é aí que você precisa esquecer tudo e simplesmente fazer. Não pense, faça.
Percebo que quanto mais eu digo a mim mesmo “isso precisa soar incrível”, mais difícil se torna de fazer bem o meu trabalho.
Um livro que me ajudou muito nessa jornada foi Effortless Mastery. Ele enfatiza a ideia de que todo o pensamento deve acontecer durante as horas de prática, onde você pode estudar intencionalmente, desenvolver técnicas e explorar novas ideias. Mas quando está no momento da performance, todo esse barulho mental precisa sumir para que você alcance o estado de "flow".
Quanto mais você pratica e domina sua arte, menos precisa pensar conscientemente, porque tudo isso já faz parte de você. O verdadeiro "flow" só acontece quando você solta o peso do pensamento excessivo.
Outro ponto que o livro aborda, e que é crucial para evitar o overthinking, é a confiança. Afirmações podem ajudar a gravar no seu subconsciente a ideia de que você é incrível no que faz e de que você é a pessoa certa para o trabalho. (Eu nunca vi uma pessoa confiante, que acredita em si mesma, ficar paralisada por pensar demais.)
No meu caso, entre 40 e 60% da masterização é intuitiva. Eu não estou calculando nada, apenas sigo a visão que tenho para a música. Quando ela está próxima do resultado que quero, aí sim trago o lado técnico para fazer os ajustes finos.
Mas se percebo que estou pensando demais, forçando demais, duvidando de tudo, eu simplesmente deleto o que acabei de fazer, faço uma caminhada curta, esvazio a mente e volto renovado.
Sem pressão. Sem necessidade de impressionar. Apenas deixo a música acontecer.